Por CBTM
A CBTM preparou um guia para explicar como vão funcionar as competições do tênis de mesa brasileiro a partir deste ano
Rio de Janeiro (RJ), 23 de janeiro de 2020.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) lançou, nesta temporada, um novo modelo de competições. Como vai funcionar? Como os mesa-tenistas poderão ser beneficiados? Quais são os objetivos? Todas as perguntas estão respondidas em nota oficial que reproduzimos abaixo, para que todos possam entender os pontos básicos. Federações, Ligas, clubes e atletas podem utilizar as informações contidas na Nota Oficial com o objetivo de se aprofundarem no tema:
A proposta do novo modelo foi resultado de uma série de debates que incluiu reuniões formais do Comitê Executivo, do Conselho de Administração e da Comissão de Atletas, além de sugestões livres advindas de contatos informais com praticantes, treinadores, dirigentes e outros. Em essência, tem como objetivo integrar todo o sistema de competições em um único escopo, que permita ampliar os pontos de contato da CBTM e de suas filiadas com todos os níveis de praticantes. Assim, o NOVO MODELO DE COMPETIÇÕES DA CBTM possui três pilares principais, que definem o seu funcionamento:
1.1) INTEGRAÇÃO: competições de todos os níveis passam a fazer parte do sistema, com uma mesma identidade visual e nomenclatura padronizada. Isto permite que um praticante de lazer, que pratica tênis de mesa em uma Liga Regional, pertença ao sistema nacional. E, ao mesmo tempo, que um atleta de tênis de mesa possa praticar em todos os níveis de competição. Todas as competições do sistema valerão pontos para o Ranking Nacional, limitado aos 8 (oito) melhores resultados do ano.
1.2) ANUIDADES: o valor das anuidades por atleta (TRA – Taxa de Registro Anual) passam a respeitar o nível de cada praticante. Ou seja, aqueles que desejam atuar exclusivamente nas Ligas Regionais, terão uma anuidade de menor valor, enquanto que aqueles que pretendem jogar quaisquer tipos de competição terão um valor de anuidade maior.
1.3) SISTEMA: a partir da integração, tem-se um sistema de informática único, o CBTM-Web. Com a reformulação, este sistema compreende todas as etapas de registro, gerenciamento de filiados, gerenciamento de competições, operacionalização das competições, dentre outros.
As competições estão organizadas em um calendário trimestral, que culmina com a realização de uma grande competição nacional a cada trimestre. Com a proposta, espera-se que os praticantes e os atletas tenham engajamento em prol destas competições, de modo a otimizar o interesse pela participação em todos os níveis de eventos e permitindo que os praticantes tenham grande oferta de competições para participar. As competições programadas são:
2.1) TMB Platinum - Brasileiro: substitui o Campeonato Brasileiro. É a principal competição nacional, disputada uma vez por ano, no final da temporada. Organizada pela CBTM.
2.2) TMB Platinum - Copa Brasil: substitui a Copa Brasil. É o conjunto de competições nacionais, disputada três vezes por ano. Organizada pela CBTM.
2.3) TMB Challenge Plus (Copa das Federações): substitui a Copa das Federações. São as competições nacionais organizadas pelas Federações Estaduais e chanceladas pela CBTM. Tem pontuação superior.
2.4) TMB Challenge (Copa das Federações): substitui a Copa das Federações. São as competições nacionais organizadas pelas Federações Estaduais e chanceladas pela CBTM.
2.5) TMB Estadual (Etapas do Campeonato Estadual): são as etapas do Campeonato Estadual, organizadas por cada uma das Federações Estaduais.
2.6) TMB Regional (Etapas das Ligas Regionais Oficiais): são as etapas de competições das Ligas Regionais, organizadas por cada Liga Regional e chancelada pela respectiva Federação Estadual.
A hierarquia de competições está sintetizada pela imagem abaixo:
As Taxas de Registro Anual (TRA) contribuem com a manutenção e gestão de todo o sistema esportivo oficial. Elas estão subdivididas em quatro categorias de Membro, a saber:
3.1) Membro Iniciante: praticantes até 11 anos ficam isentos de cobrança de TRA, mas devem estar devidamente registrados.
3.2) Membro Bronze: praticantes que estarão habilitados no sistema a jogar as etapas de competições de Liga Regional a que estão filiados.
3.3) Membro Prata: praticantes que estarão habilitados no sistema a jogar as etapas de competições de Liga Regional e da Federação Estadual a que estão filiados.
3.4) Membro Ouro: praticantes que estarão habilitados no sistema a jogar quaisquer competições oficiais, incluindo liberação para a participação em competições internacionais.
A tabela a seguir sintetiza as habilitações (?) em cada tipo de competição. A Tabela de Taxas e Emolumentos (http://cbtm.org.br/Data/Sites/1/media/2019_edimilson/19-12-23-eve_taxas_emolumentos_cbtm_2020(01).pdf) apresenta os valores anuais de cada categoria, relativos a CBTM. Cada Federação Estadual poderá cobrar, em conjunto ou separadamente, um valor de anuidade para os atletas, com exceção ao Membro Bronze, cuja taxa é fixa para todos.
Todos os atletas devem estar vinculados a um clube devidamente registrado em uma respectiva Federação Estadual.
A CBTM não reconhece a categoria de “Atletas Não-Filiados”, sendo que estes não fazem parte do sistema oficial. As entidades filiadas à CBTM, como é o caso das Federações Estaduais, e as entidades filiadas à Federação Estadual, como é o caso das Ligas Regionais, deverão realizar competições exclusivamente em prol de membros filiados, dentro de uma das quatro categorias apresentadas (Membro Iniciante, Bronze, Prata ou Ouro).
Liga Regional é uma entidade de administração do desporto que atua dentro de limites geográficos em um único Estado. Estas entidades são filiadas à Federação Estadual, que deve ter regras específicas para assim o fazerem. Sua existência está prevista na Seção IV, Art. 13, da Lei 9.615/98 (Lei Pelé). As Ligas Regionais podem ser entidades com ou sem finalidade de lucro. As Ligas Regionais não são Clubes (Associações ou análogos) e, portanto, não podem atuar em competições Estaduais e/ou Nacionais na qualidade de entidade de prática esportiva.
Que haja, cada vez mais, uma maior oferta de competições oficiais de tênis de mesa em todo o território nacional. E, por conseguinte, que cada Federação Estadual busque uma promoção do tênis de mesa em todas as macrorregiões de seu respectivo Estado por meio das Ligas Regionais. Sugere-se que as Federações Estaduais verifiquem, dentro do site oficial do Governo do Estado, quais são as macrorregiões consideradas em cada Estado como ponto de partida (ou referência) para a organização das Ligas Regionais, que passaria a ter a responsabilidade de desenvolvimento do tênis de mesa em cada território. E que possa haver uma desburocratização do sistema, facilitando a entrada e o desenvolvimento do tênis de mesa regionalmente.
Que atuem proativamente. Uma primeira opção é a de chamar todas as Ligas Regionais ou, na inexistência destas, todos os promotores de eventos do seu Estado, que podem ser identificados por buscas na internet ou por diálogo com diferentes praticantes ou clubes, para uma reunião. Nesta reunião, será possível dialogar com as Ligas Regionais ou Promotores de Eventos visando a sua oficialização e a organização de um calendário estadual, que possa tanto estruturar o modelo de competições quanto organizar para não haver conflito com competições Estaduais e Nacionais. Também, organizar todas as Ligas Regionais por atuação geográfica, conforme as características de cada Estado. Importante que as Federações Estaduais facilitem a filiação de Ligas Regionais, deixando claro todos estes trâmites.
Sim. As Ligas Regionais devem ser filiadas e pagar anuidade à Federação Estadual, caso esta cobre algum valor anual de filiação. As Ligas Regionais podem ser entidades com ou sem fins lucrativos, conforme regulamentações próprias de cada Federação Estadual.
Podem ser filiados a ambos ou apenas à Federação Estadual. Esta é uma decisão de cada Federação Estadual, conforme seus dispositivos regulamentares e/ou estatutários. Um clube filiado a uma Liga Regional Oficial automaticamente se vincula à respectiva Federação Estadual, devendo igualmente se filiar a esta (podendo ter que pagar anuidade, se houver) e se registra automaticamente à CBTM. A CBTM não cobra anuidade de Clubes e/ou Ligas Regionais.
Sugere-se que o procedimento de filiação seja o mais simplificado possível. Esta é uma decisão de cada Federação Estadual. Mas, em síntese, o processo de filiação básico passa pelo envio de documentação, o pagamento de anuidade (se houver) e o registro no sistema. Não há filiação de Liga Regional diretamente pela CBTM.
As Ligas Regionais estão subordinadas à Federação Estadual. Portanto, a organização de calendário e a autorização para a realização de eventos é uma definição exclusiva de cada Federação Estadual. A CBTM sugere que as Federações Estaduais reúnam as Ligas Regionais para a organização do calendário, de modo a potencializar a prática em todos os eventos estaduais e nacionais.
Esta é uma decisão exclusiva da Federação Estadual, que poderá prever ou não, em seus regulamentos, uma forma de fiscalização ou acompanhamento dos torneios regionais em seu Estado. A CBTM sugere que se incentive o uso do Sistema Oficial e se envie relatórios fotográficos periódicos para que a Federação Estadual possa fazer o devido acompanhamento do processo.
Todas as competições devidamente cadastradas no sistema poderão valer pontos para o Ranking Nacional. Os 8 (oito) melhores resultados de cada atleta, em sua categoria, serão computados para fins de Ranking Nacional, conforme tabela a seguir:
Os benefícios da TRA estão vinculados à contribuição para a manutenção do sistema federado, sendo revertido diretamente para o tênis de mesa. Além de fazer parte da COMUNIDADE DO TÊNIS DE MESA, os membros terão acesso a um Clube de Benefícios (em construção), com direito a descontos e vantagens em uma rede de parceiros.
É a sigla para TÊNIS DE MESA BRASIL. Com a nomenclatura unificada, é possível transmitir uma imagem de integração e impacto positivo no senso de pertencimento de todos os praticantes, melhorando o conhecimento público do tênis de mesa.
Porque acreditamos que é a melhor forma de massificação do tênis de mesa em âmbito nacional, dentro de um país com dimensões continentais como é o Brasil. As Ligas Regionais estão dentro do Sistema Nacional do Desporto (Lei Pelé). Possuem conhecimento sobre o tênis de mesa. Impactam localmente os praticantes de tênis de mesa. Portanto, é o modo mais claro e direto de atingirmos cada dia mais todos os praticantes da modalidade no Brasil. Para as Ligas Regionais, a vantagem de se integrar ao sistema são:
16.1) Oficializar suas atividades, permitindo que todos os atletas possam pontuar no Ranking Nacional.
16.2) Ampliar o potencial de participação em seus eventos, com a integração de atletas das categorias Prata e Ouro.
16.3) Ampliar sua visibilidade, com o desenvolvimento de plataformas de comunicação pela CBTM.
16.4) Associar-se aos resultados do alto rendimento, que poderão potencializar e aumentar o interesse pela prática do tênis de mesa.
16.5) Utilizar as marcas e submarcas associadas ao TÊNIS DE MESA BRASIL.
16.6) Contribuir com o sistema nacional e a massificação do tênis de mesa nacionalmente.
16.7) Apoiar os talentos do tênis de mesa brasileiro.
Os eventos de Corrida de Rua, por exemplo, possuem uma perspectiva muito similar. Nele, atletas de alto rendimento dividem o mesmo espaço e o mesmo calendário de competições que os praticantes de lazer. Deste modo, todo o sistema se torna sustentável, atendendo as diferentes expectativas, dos diferentes perfis de público. Além disso, as Federações Nacionais de Tênis de Mesa de países como o Reino Unido, França (mais de 200 mil filiados) e Alemanha (mais de 400 mil filiados), dentre outros, possuem um sistema similar ao que está sendo proposto pelo NOVO MODELO DE COMPETIÇÕES DA CBTM, com elevada taxa de sucesso.
O pagamento a que a Federação Estadual ou a Liga Regional tem direito tem prazo que depende da compensação bancária do sistema, a qual a CBTM não possui ingerência direta. Nos casos de recebimento de pagamento por meio de cartão de crédito, o tempo de compensação costuma ser maior.
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