Danilo Toma é um dos craques que brilham no tênis de mesa de Concórdia. Foto: Daniel Zappe.
Por Assessoria de Imprensa - CBTM
A equipe de Concórdia é uma das mais fortes do tênis de mesa nacional. Representada por vários craques, costuma brigar pelas primeiras posições em todos os torneios mais importantes da modalidade no país. E agora quer fazer pontos também fora das mesas. Na série Clubes do Brasil, vamos falar da ação de distribuição de máscaras para comunidades pobres e de tudo o que faz da cidade uma das potências atuais do esporte.
Concordia é uma cidade pequena do Oeste Catarinense, com pouco mais de 70 mil habitantes, próxima de Chapecó e distante 450 quilômetros da capital Florianópolis. Nos anos 80, uma grande empresa do ramo alimentício, querendo divulgar a sua marca, resolveu investir em várias modalidades e o tênis de mesa foi uma delas. No começo, a empresa pagava os atletas e muitos moravam em outras cidades e estados.
Ademir Monteiro, ex-jogador, técnico e atual presidente da Associação Concordiense de Tênis de Mesa, apostou na ideia. Deixou o Rio de Janeiro e foi morar na cidade em 1990. Os 30 anos de trabalho transformaram Concórdia numa máquina de títulos. Por lá passaram atletas como Lígia Silva, Thiago Monteiro, Bruna Alexandre, Jessica Yamada, Cazuo Matsumoto, Danilo Toma, entre outros.
Com a pandemia do novo coronavírus, as atividades no esporte foram paralisadas. Mas o clube optou por fazer a sua parte num momento tão delicado. Com a ajuda de um patrocinador, irá distribuir centenas de máscaras para as comunidades mais pobres da cidade. As máscaras ficarão colocadas em pontos estratégicos. As pessoas que não têm condição de comprar ou obter a sua, podem pegar, sem nenhum custo. O único pedido fica em um aviso colocado ao lado das máscaras: pegue apenas o necessário para proteger você e sua família, e apenas se não tem condições financeiras.
“Essa campanha é da Associação Concordiense de Tênis de Mesa, que sempre teve apoio da cidade e uma forma retribuir à população carente do município”, explica Monteiro.
Será apenas mais uma ação de uma cidade que se acostumou a ver a mobilização em torno do esporte. Concórdia já venceu os Jogos Abertos de Santa Catarina algumas vezes, sediando o torneio inclusive. Por lá, já foram realizadas duas Copas Brasil e um Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa (em 2018), com a ajuda de dezenas de empresas locais. Desta vez, é o esporte que se mexe para ajudar a sociedade.
O projeto tem credibilidade e apoio dos governantes, através da Secretaria de Desporto e Cultura do Município. A cidade tem escolinhas de tênis de mesa olímpico e paralímpico, com aulas gratuitas para as crianças. O município oferece bolsa atleta para os atletas, não só da elite, como também crianças.
“É uma receita de sucesso, onde poder público e comunidade se integram através do esporte”, resume Ademir Monteiro.
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