Laura Watanabe conseguiu a segunda vaga no juvenil feminino. Foto: Gustavo Medeiros/CBTM
Por José Augusto Assis (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
O domingo (23) foi de definição e muita emoção no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP). As últimas vagas para as Seleções Brasileiras de base foram disputadas, e quatro atletas arremataram os seus lugares para representarem o Brasil: Mahayla Sardá (Associação Rio do Sul-SC) no infantil feminino; Felipe Lara (Nikkei Curitiba-PR) no infantil masculino; Laura Watanabe (SERC Santa Maria/ São Caetano-SP) no juvenil feminino; e Joon Shim (Atemel/Acel Londrina-PR) no juvenil masculino.
A Seletiva foi especial para Mahayla. A catarinense, que já havia conquistado uma vaga no mirim, fez uma excelente campanha no infantil e conseguiu garantir um lugar para representar o país na categoria.
Invicta, ela terminou a sua excelente trajetória ao vencer um jogo duro contra Beatriz Fiore (Itaim Keiko/JJYamada-SP). Na decisão, a partida foi finalizada em cinco sets: 3 a 2 para Mahayla, com parciais de 11/6, 10/12, 7/11, 12/10 e 11/9.
“Eu estava bem calma, porque não é a minha categoria, é uma acima, então eu não estava sentindo pressão. Foi uma boa final, é o último ano da Beatriz (Fiore) no infantil, por isso, fiquei muito feliz de ter conseguido ganhar dela, foi um jogo em que me superei”, contou a catarinense.
No masculino, foi a vez de Felipe Lara conseguir a segunda vaga na categoria. Assim como a mesa-tenista de Santa Catarina, o atleta terminou o campeonato invicto. Na decisão, o seu compromisso aconteceu contra Lucas Romanki (Itaim Keiko/JJYamada-SP), em que acabou com o triunfo por 3 a 1 (13/11, 11/6, 4/11 e 11/6).
“Em toda final que a gente disputa vem aquele nervosismo natural, em que você entra muito concentrado, mas também muito nervoso. Estou sentindo muita alegria em colocar o manto sagrado, a camisa da Seleção Brasileira, é uma honra para mim”, enalteceu Lara.
No juvenil, os dois campeões viveram momentos de redenção no domingo. Após baterem na trave na disputa da primeira vaga, voltaram à ação e conseguiram a segunda classificação para defender o país.
No feminino, Laura Watanabe, que deixou escapar o primeiro lugar na Seleção para Giulia Takahashi, fez uma excelente partida diante da sua adversária da final do último dia de Seletiva: Sabrina Miyabara (Itaim Keiko/JJYamada-SP). No confronto, a atleta do São Caetano bateu a oponente por 4 a 1 (7/11, 11/4, 11/6, 11/8 e 11/7).
“Eu estou muito feliz em estar de novo na Seleção Brasileira, era a minha primeira meta do ano. Não foi fácil ter perdido na primeira vaga e ter de levantar a cabeça para buscar a segunda, mas consegui trabalhar bastante o meu psicológico e, no final, deu tudo certo”, comentou Laura Watanabe.
Outro que teve de trilhar novamente todo o caminho para alcançar o objetivo foi Joon Shim. Derrotado por Henrique Noguti (SERC Santa Maria/São Caetano-SP) no confronto pela primeira vaga, o paranaense fez uma boa campanha para conseguir a outra diante de João Pimenta (Associação de Tênis de Mesa de Varginha WRTT-MG). Na decisão, vitória por 4 a 2 (13/15, 11/7, 11/8, 11/6, 9/11 e 11/4).
“Acabei batendo na trave na primeira vaga, que eu queria demais. Fiquei triste, pois cheguei bem perto, mas busquei não desistir e me superar. É difícil perder a primeira e saber que vou ter de percorrer todo o caminho novamente para tentar a segunda. O que importa é que anteontem, eu saí triste, mas hoje eu saio feliz. Vou fazer o melhor para representar a Seleção Brasileira”, prometeu Joon Shim.
Além dos quatro classificados do domingo, a Seletiva Nacional Olímpica definiu outras vagas para as Seleções Brasileira de Base nos últimos quatro dias: Mahayla Sardá e Maria Alice Rodrigues no mirim feminino; Vinicius Rech e Felipe Okano no mirim masculino; Lana Ozeki no infantil feminino; Vicenzo Nakashima no infantil masculino; Giulia Takahashi no juvenil feminino; e Henrique Noguti no juvenil masculino.
“O nível técnico foi bom. Apesar de estarmos enfrentando um período difícil com a pandemia e apesar de vários atletas estarem vindo de começo de temporada, o nível foi excelente e todos podem ter certeza de que o Brasil vai ser bem representado nos torneios sul-americanos”, analisou Lincon Yasuda, coordenador de Seleções olímpicas da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa.
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