Alaor Azevedo participou de vários encontros em Singapura. Foto: Gustavo Medeiros.
Por Nelson Ayres e Paulo Rocha (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
O tênis de mesa paralímpico está ganhando cada vez mais relevância no mundo todo. Recém-chegado de Cingapura, onde participou de importantes reuniões, o presidente da CBTM e vice-presidente da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), Alaor Azevedo, revelou os planos para o desenvolvimento paralímpico da modalidade, em parceria com o WTT (World Table Tennis), além de novidades em termos de competições olímpicas no continente.
“Foram duas semanas proveitosas em Singapura, nas quais me dediquei a entender a estrutura do WTT. Parte financeira, de recursos humanos. E aproveitei para assistir o Grand Smash. Nas reuniões que tivemos, tratamos de vários assuntos. No que diz respeito ao paralímpico, discutimos inclusão. Existe a clara necessidade de integrar as prioridades entre a ITTF e o WTT na categoria paralímpica. Afinal, este ano estamos batendo recorde com 33 eventos no Circuito Mundial”, disse Alaor, revelando novidades que serão implantadas em breve:
“Estamos pensando na criação de eventos diferentes, não ficarmos somente no fator 20, fator 40, que foram criados há dez, vinte anos atrás. Precisamos de novidades. Por exemplo, um Top 16 com premiação em dinheiro, separar três ou quatro categorias, voltar a fazer separação por equipes... enfim, criaremos uma série de novidades para estimular a categoria, trazer mais gente”.
Dos 227 países filiados à ITTF, somente 70 do mundo estão integrados ao paralímpico. O desafio é aumentar esse número. Andrew Parsons, presidente do IPC (Comitê Paralímpico Internacional), ofereceu, conforme relatou Alaor, uma nova estratégia de captação, buscando filiações não somente através do tênis de mesa, mas do próprio IPC.
“Queremos estimular com premiações em dinheiro, que cada vez mais atletas paralímpicos possam se tornar profissionais”, afirma o presidente da CBTM, que revelou um aspecto curioso a respeito do alto rendimento alcançado pelo tênis de mesa paralímpicos nos últimos tempos.
“Ocorreu um fenômeno no tênis de mesa paralímpico brasileiro. Durante muito tempo, houve reclamações pelo fato de a CBTM integrar os paralímpicos aos olímpicos. Erradamente, pensaram que com isso seriam retirados recursos financeiros do paralímpico. Não aconteceu e os resultados provam. E algo interessante é que, agora, o olímpico está começando a aprender em termos de planejamento com o paralímpico”, afirmou.
WTT no Brasil e Circuito Americano
No que diz respeito ao tênis de mesa olímpico, Alaor Azevedo revelou sua expectativa para o WTT Youth Contender e o WTT Contender. Ambos os campeonatos acontecerão na Arena Carioca I, no Rio de Janeiro, entre os meses de junho e agosto deste ano. A última vez que o país recebeu um evento olímpico da ITTF foi em 2017.
“Achávamos que seria muito mais difícil organizar. Vamos aproveitar nossa estrutura. Estamos trabalhando a venda dos tickets, de sete a dez mil tickets, algo que proporcionará uma receita muito boa para qualificar os eventos. Atletas de todo o mundo virão competir, vários países já estão me procurando. O Hugo Calderano participará durante quatro dias dos sete do Contender, vai atrair muito público. Tenho certeza que será um sucesso”, disse, entusiasmado.
Alaor aproveitou para antecipar o projeto de criação de um Circuito Americano de Tênis de Mesa, a exemplo do que ocorre nos continentes asiático e europeu:
“Estamos criando um Circuito Americano de Tênis de Mesa. O atleta que vem da Europa ou da Ásia jogará o Aberto do Peru, o do Rio, e depois competirá nos Estados Unidos. Temos um Circuito Asiático, um Europeu e agora estamos tentando instituir esse Circuito Americano, provavelmente em julho, para que se crie a tradição de fazermos parte do Circuito Mundial."
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