Notas Oficiais

18-03-16 (060-2016)

Por CBTM

18/03/2016 19h59


Dispõe sobre os critérios técnicos utilizados pela Comissão Técnica em alinhamento com recomendação dos consultores internacionais para as indicações às vagas dos Jogos Paralímpicos Rio 2016

Dispõe sobre os critérios técnicos utilizados pela Comissão Técnica em alinhamento com recomendação dos consultores internacionais para as indicações às vagas dos Jogos Paralímpicos Rio 2016

 

A Gerência Geral de Operações, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela CBTM, conforme disposto no artigo 4º, do estatuto desta entidade, com validação do Comitê Executivo, após consulta à Comissão Técnica e validação pelos consultores internacionais, paraolímpico e olímpico, inclusive, visando o atendimento ao princípio da transparência de todos os atos praticados por esta organização, e após receber questionamento por atleta, cuja indicação feita pela CBTM, através do Comitê Paralímpico Brasileiro, que detém a legitimidade para oferecer a indicação, não tendo sido aceita pelo IPTTC,  destacando que o Presidente e a Gerente de Operações, se empenharam, pessoalmente, na tentativa de obter a vaga para o mesmo, inclusive, em reunião realizada com o IPTTC, durante o Mundial de Tênis de Mesa, em Kuala Lumpur, Malásia, passa a detalhar os critérios técnicos utilizados, bem como, pontos importantes que os levaram a esta decisão, senão vejamos:

 

1.      Rendimento durante os treinos;

2.      Percepção e visão de jogo;

3.      Prospecção de futuro;

4.      Boa aplicação da técnica e tática durante sua atuação;

5.      Avaliações técnicas e médicas realizadas pela comissão e equipe multidisciplinar;

 

Em que pese os critérios destacados acima, passamos a discorrer sobre a condição dos atletas, cuja divergência pelo atleta que não foi escolhido paira:

 

Diego Moreira - classe 9

 

• Número 31 no ranking mundial da classe 9

• Parapan de Toronto 2015 medalha de bronze

• Campeão do Aberto do Chile Individual - 2015

• Campeão por equipes Aberto do Chile - 2015

• Terceiro lugar Aberto da Costa Rica - 2015

• Venceu nas semifinais na Costa Rica (fator 40) o atleta Esa Miettinen, ex-campeão europeu, que é o 15° no Ranking Mundial

• Venceu no Aberto Eslováquia - Fator 40 o japonês Iwabushi Koyo, 10º no ranking mundial.

 

1-      Diego Moreira é um jogador forte, fisicamente, com uma grande percepção e visão de jogo e tem um ótimo entendimento de tática e técnica, que são necessários para o atingimento do alto nível na modalidade.

 

2-      Seu jogo pode, maciçamente, melhorar nos próximos (06) seis meses que antecedem os jogos Paraolímpicos – Rio 2016, no Rio de Janeiro.

 

3-      É atleta em tempo integral com base no Centro de Treinamento da Seleção, em Piracicaba, e isso é muito importante para a prática e entrosamento com o restante da equipe de andantes. Tal importância se deve às relações que são construídas com o resto de seus companheiros, criando princípios de respeito, crença e confiança entre a equipe de atletas e os treinadores.

 

4-      Treina duplas juntamente com o campeão da classe 10 no Parapan de Toronto 2015, Carlos Carbinatti, que terá grande relevância no evento por equipes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.  Isto porque no evento por equipes o primeiro jogo será o de duplas e, em seguida, dois jogos individuais. Com isto a vitória em duplas, fazendo assim 1x0, tem um aspecto estratégico fundamental neste novo sistema de jogo.

 

5-      Atleta com drive de forehand muito forte, comparável aos melhores do mundo na sua classe.

 

6-      Treina no nível máximo em dois períodos.

 

7-      Positivo para o grupo pelo seu potencial técnico e físico.

 

8-      Por ter excelentes condições físicas movimenta muito bem nas duplas, com estilo agressivo que surpreende os adversários.

 

9-      Destacamos pontos da avaliação que é feita pela Equipe Multidisciplinar, mensalmente, com todos os atletas da seleção permanente: “O atleta Diego Moreira apresenta excelente condicionamento físico demonstrado pelo baixo percentual de gordura (8,7%) e boa massa magra (91,3%), excelente força e e condicionamento cardiorrespiratório. Os valores dos testes do atleta são iguais ou superiores aos atletas olímpicos, na mesma modalidade. O teste ergométrico demonstrou resposta normal de frequência cardíaca e pressão arterial, com classificação excelente para a aptidão cardiorrespiratória e concluído como normal”.

 

10-  No jogo de duplas – Por sua velocidade, entra e sai da mesa com facilidade deixando espaços para o parceiro jogar. 

 

11-  Segundo nossos consultores, Diego tem um grande futuro em sua classe 9 e um grande potencial para os próximos jogos Paraolímpicos em Tóquio 2020. Seu desenvolvimento está melhorando ano a ano. Ele começou a competir, internacionalmente, em 2014 e era o número 35° e, no documento abaixo, podemos ver suas melhorias. Ele é agora o número 31, mostrando crescimento no ranking mundial.

 

Date

Classe

Classificação ranking

Grupos no  ranking

2014/11

9

 

 

2014/12

9

 

 

2015/01

9

 

 

2015/04

9

35

178

2015/05

9

35

178

2015/06

9

32

157

2015/07

9

32

161

2015/08

9

33

160

2015/09

9

35

161

2015/10

9

33

162

2015/11

9

35

165

2015/12

9

34

144

2016/01

9

31

123

2016/02

9

31

123

 

Claudio Massad classe 10

 

· Ranking Mundial 23, na classe 10

· Medalhista de prata individual no Parapan em Toronto 2015

· Ganhou no Aberto da Costa Rica contra o Russo Lukyanov, número 14° do mundo, por equipes e não no individual.

 

1-      Massad não pertence à equipe permanente, como atleta em tempo integral em Piracicaba, o que pode trazer dificuldade de relacionamento com o resto da equipe e da equipe técnica.

 

2-      O fato da proximidade dos jogos – menos de (06) seis meses, poderia ser um problema para toda a equipe no caso de qualquer alteração a ser realizada nesta fase, com a inclusão do Massad. Nossos consultores entendem que será muito difícil integrá-lo na equipe em tão pouco tempo. Além disto, a dupla formada entre Carlos Carbinatti e Diego é superior à dupla Carlos Carbinatti e Massad. O atleta Massad não é um jogador rápido e sua movimentação prejudica o entrosamento.

 

3-      Acrescentam ainda que dificilmente Massad pode melhorar o seu nível até os Jogos Paralímpicos Rio 2016. Abaixo, fazemos uma comparação desde o ano de 2014, quando ele começou a jogar, internacionalmente, e o que se observa é que o seu desempenho caiu nos últimos anos. Saiu de 18° lugar no ranking mundial para 23° lugar, apontando para um futuro menos favorável, em relação ao outro atleta.  Objetivamente falando, a comissão técnica não visualiza o atleta Massad como um jogador de alto desempenho, que possa corresponder aos altos investimentos para o próximo ciclo, considerando que suas chances de medalhas em Tóquio 2020 são remotas.  

 

 

Data

Classe

Classificação ranking

Grupo ranking

2014/11

10

 

 

2014/12

10

 

 

2015/01

10

18

44

2015/04

10

26

60

2015/05

10

26

60

2015/06

10

25

62

2015/07

10

26

64

2015/08

10

27

66

2015/09

10

27

65

2015/10

10

27

66

2015/11

10

28

68

2015/12

10

24

58

2016/01

10

22

52

2016/02

10

23

52

 

Conclusão:

 

Apesar de preferirmos analisar de forma global e visão de futuro, temos que destacar a vitória por 3x0 do atleta Diego sobre o atleta Claudio Massad no último grande evento nacional, realizado na cidade de Lauro de Freitas – Bahia, no mês de novembro de 2015. Isto, apesar de serem de classes diferentes, o que, teoricamente, favoreceria o Sr. Massad.

 

Ainda destacando o parecer exarado pelos nossos consultores e comissão técnica: “Nossa conclusão é que devemos otimizar os recursos, em sua maioria públicos e priorizar os atletas que tenham mais possibilidades de obter resultados mundiais e medalhas nos eventos dos próximos ciclos paraolímpicos – 2020/2024.  Com base neste pensamento, acreditamos que Diego tem um futuro melhor na classe 9, do que Massad na classe 10. Até porque a classe 10 é uma classe muito mais forte, tecnicamente, do que a 9, tendo alguns atletas, inclusive, com resultados Olímpicos expressivos e, para tanto, o atleta precisa ter habilidades e ótimo preparo físico para poder jogar com chances reais. Não vemos no atleta Massad este potencial, de acordo com o que mostra sua trajetória e a linha traçada em prospecção de futuro, que mostra descendência e não crescimento.

 

Outro aspecto a ser mencionado, é que Massad é bem inferior fisicamente comparado com o Diego e que vai precisar de muito esforço e tempo para estar no mesmo nível. O que hoje no tênis de mesa de alta performance é condição básica para almejar quaisquer resultados.

 

Destaque-se, ainda, que o atleta Claudio Massad é um atleta “boardline” e que pode ser reclassificado a qualquer momento, inclusive, podendo tornar-se inelegível para jogar competições paralímpicas. Isto faria com que todos os investimentos no atleta fossem perdidos, com prejuízos consideráveis para nossa entidade.  O Sr. Massad foi considerado inelegível (ou seja, não pode jogar eventos paraolímpicos) em 2011, por um dos maiores especialistas e classificadores do mundo – O Dr. Juraj Stefak. Somente alguns anos após e avaliado por uma junta na França, em um evento fator 20, é que o Sr. Massad obteve a sua classificação. Conforme informações obtidas da Federação Internacional, o Sr. Massad encontra-se em observação pelos especialistas da entidade.  Não só ele, mas diversos outros atletas classe 10 que se encontram num limite estreito entre ser elegível e inelegível.

 

Por todas estas razões e com base na robustez do estudo realizado pela Comissão Técnica e nossos consultores internacionais, a CBTM resolveu indicar o Sr. Diego Moreira para compor a equipe dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. No entanto, entendemos que deveríamos levar para a ITTF o nome do atleta Claudio Massad também, mas em vagas alternativas e envidar esforços para que a nossa máxima entidade pudesse escolhê-lo também. Infelizmente isto não ocorreu.

 

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